segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Isis

Isis: teve um lugar privilegiado no panteão egípcio, pois se casou com Osíris e teve com ele um filho, Hórus.
Características: dotado de grande sensibilidade e muita imaginação, o nascido neste período tem um forte instinto paterno ou materno e está sempre pronto a socorrer os necessitados. Seu protegido é fiel e compreensivo com todos. Gosta da vida doméstica e é bastante sentimental. Também é bastante gentil.

Tot

Tot: representado como um homem com a cabeça de íbis, a ave sagrada, é considerado como o criador da fala e o inventor da escrita. Também é o deus do tempo, das medidas e de todas as ciências.
Características: com grande capacidade de comunicação e inteligência rápida, seu protegido tem uma natureza ágil, nervosa e está mudando constantemente. Não consegue ficar parado. Sempre inventa coisas para fazer, dizer ou adapta-se aquilo que sua inteligência ainda não dominou; adora a arte da superação.

Ptah

Ptah: deus da fertilidade masculina, era considerado como o grande mago construtor das belas-artes e dos artistas. Era chamado também de O Grande Construtor ou o Divino Artesão. Em sua forma animal, era um boi preto com uma mancha triangular branca na testa e tinha a função oracular; era associado ao boi Ápis.
Características: o protegido de Ptah tem um forte temperamento, é perseverante e geralmente desenvolve talentos na arte e tudo que o que se relaciona a construção, arquitetura e a engenharia. A felicidade para os nascidos neste período deve estar associada também ao conhecimento da espiritualidade, caso contrário pode viver em uma eterna insatisfação. É bastante exigente no que diz respeito ao amor.

Sekhmet

Sekhmet: deusa da guerra, destruía os inimigos de Rá. Muito poderosa, é representada como uma mulher com cabeça de leão portando uma coroa com um disco solar.
Características: os protegidos da deusa Sekhmet tem grande vitalidade e força física. É dotada de muito magnetismo pessoal, além de força física. Tem muito senso de organização, dinamismo e sempre está envolvido em empreendimentos ousados. Não tem medo de nada. A única coisa que deve tomar cuidado é com o impulso descontrolado de resolver tudo rapidamente nos assuntos amorosos.

Taueret

Taueret: a sua representação é uma fêmea de um hipopótamo, considerada como a protetora das mulheres grávidas, dos nascimentos e dos que podiam renascer dos reinos dos mortos. A lenda dizia que quando ela afundava nas águas do Nilo, estas subiam e, assim, suas margens se tornavam cultiváveis, trazendo abundância nas colheitas. É simbolizada com seios de mulher, patas de leoa e cauda de crocodilo.
Características: seu protegido tende a ter muita intuição e geralmente gosta de assuntos relacionados à área de esoterismo, ocultismo, astrologia etc. Tem grande capacidade de entendimento e geralmente sua vida é destinada a ajudar a família e o próximo. Tudo em sua vida é muito bem planejado e aproveitado; além disso, garante o bem dos mais próximos.

Bastet

Bastet: uma das esposas do deus Rá, era representada como uma gata e por isso foi muito admirada por seu vigor e agilidade. Nas pinturas, aparecia como uma mulher com a cabeça de uma felina com um chocalho na mão, carregando um cesto, que defendia seu marido contra as serpentes malignas.
Características: seu protegido é uma pessoa bondosa, cordial e sempre está disposta a proteger os outros. Bastante independente, assim como um felino, preza sua liberdade e faz apenas o que tem vontade. Divertido, atraente, sedutor, tem dons para a arte, cinema e teatro. Às vezes, se mostra um pouco rebelde, até mesmo excêntrico para os outros.

Anubis

Anúbis: guia dos mortos, sua função era a de acompanhá-los até sua última viagem para depois pesar suas almas na balança da verdade. Assim concedia seu veredicto para a salvação ou o castigo e ninguém escapava das suas sentenças. Guardião da deusa Ísis, foi ele quem proporcionou os medicamentos para a cura de Osíris.
Características: o protegido de Anúbis é dotado de grande força de vontade, inteligência e paciência. Tem dons de cura e sabe conduzir seu destino. Fiel, seguro de si, não gosta que as pessoas invadam sua privacidade. Perseverante, econômico, ótimo administrador, tem o exato senso de justiça.

Hator

Hátor: considerada como uma grande sacerdotisa, é a deusa da música, da dança, dos prazeres e do amor. Ela se apresenta nas pinturas como uma vaca sagrada, uma mulher com a cabeça de vaca, uma rainha com orelhas de vaca ou com uma coroa composta de dois grandes chifres e um disco solar ao meio. É considerada também como a deusa da alegria, sendo representada com um chocalho na mão.
Características: altamente amorosa, é sempre alegre e protege seus nascidos contra qualquer tipo de contrariedade. O nascido neste período tem imenso bom humor. Sente-se atraído por grandes idéias, gosta de mudanças e o que o deixa ansioso é a solidão. Ele é feito para o sucesso.

Osiris

Osíris: o mais importante deus da mitologia egípcia, rei dos deuses, governou com justiça o Egito, mas seu irmão Set o assassinou. Isis conseguiu, com seus poderes mágicos, fazê-lo reviver. Depois da sua ressurreição, Osíris e Ísis geraram Hórus. Osíris é, portanto, o deus da renovação, de tudo que morre e volta a renascer, representando o eterno ciclo da vida.
Características: seu sentimento é tremendamente forte e tem uma persistência fora do comum. Dotado de grande energia, consegue resistir a todas as dificuldades e sempre está disposto a lutar por aquilo que deseja. Ciumento e desconfiado, se não conseguir se controlar. Poderá terminar as relações de uma hora para outra sem dar explicações. Possuidor de muita intuição, quando bem canalizada tem possibilidades de se tornar um excelente pesquisador ou médium.

Maat

Maat: filha do deus Rá, ocupa um lugar muito importante no panteão egípcio, pois se transmutou na pena usada para pesar o coração daqueles que ingressaram no reino do além. É considerada a deusa do equilíbrio, dos benefícios e da justiça. Também simboliza a criação divina e a força da união, sem a qual os habitantes não poderiam nem existir.
Características: o protegido desta deusa é dotado de extrema capacidade de observação, sabedoria e consegue gerar harmonia a sua volta. Tem um temperamento afável e senso estético. Geralmente se torna famoso na carreira que optar. O único problema é que às vezes é inseguro no relacionamento amoroso, mas no final tudo sai bem. Pessoa muito querida por todos, é considerada extremamente sábia e justa.

Neiti

Neit: deusa da caça, é representada como uma loba, vigilante e sempre fiel. É responsável pela proteção dos deuses e de suas moradas. É também chamada de “a senhora que abre os caminhos”, já que sua tarefa é guiar as pessoas ao reino dos mortos. Em outras lendas, é a protetora da educação das crianças, dos tecelões e dos trabalhos domésticos. É simbolizada como uma mulher com uma cabeça de chacal ou de cachorro. O prestigio da deusa era tão grande que até mesmo os faraós a reverenciavam como sua própria mãe. Reconhecida por sua sabedoria, foi venerada por séculos.
Características: seu protegido tem grande capacidade de análise, senso de organização e paciência. A pessoa nascida neste período é cuidadosa, prática e presta atenção aos detalhes. Está sempre muito atento ao que acontece a sua volta e consegue alcançar tudo aquilo que deseja, pois a fonte de felicidade é sinônimo de serenidade e segurança. A palavra-chave é equilíbrio. Ele sabe dar valor a casa coisa conquistada.

: considerada como a própria fênix, seria o pai de todos os outros deuses. Conta a lenda que um dia, seu olho - que vivia de maneira independente - fugiu ao seu controle. Ele ordenou que o trouxesse de volta, porém, ocorreu uma luta. Muitas lágrimas foram derramadas, nascendo os seres humanos. A partir de então, Rá colocou o olho na frente da sua coroa sob a forma de serpente, para comandar o mundo inteiro.
Características: quem nasce sob esta proteção tem força, poder e muita criatividade. É um ótimo líder, extrovertido e cheio de energia. Gosta de enfrentar situações difíceis e sempre consegue superá-las. Assim como o sol, sabe centralizar o poder e tudo parecer girar a sua volta. Quando contrariado, pode ficar depressivo, mas depois, volta a brilhar como o astro-rei.

Kunlun

cordilheira montanhosa Kunlun (chinês simplificado: 昆仑山, chinês tradicional: 崑崙山, pinyin: Kūnlún Shān) é uma das maiores cordilheiras da Ásia, estendendo-se ao longo de mais de 3000 km.

Estende-se ao largo da fronteira ocidental da China, até ao sul, ao lado da cordilheira do Pamir, curvando-se para este para formar a fronteira norte do Tibete. Segue a sul do que se denomina actualmente a bacia de Tarim, o famoso Takla Makan ou deserto das "casas enterradas na areia", e o deserto de Gobi. A cordilheira tem cerca de 200 picos de altitude superior aos 6.000 metros. Os três picos mais altos são o Kongur Tagh (7.719 m), o Dingbei (7.625 m) e o famoso Mutzagata (7.546 m). Estes picos encontram-se na cordilheira Arkatag dentro do complexo de cordilheiras.

Pico na cordilheira Kunlun

Para sul, um ramo das Montanhas Kunlun dá lugar à zona de captação das bacias dos dois maiores rios da China, o Rio Yangtzé e o Rio Amarelo.

A cordilheira formou-se no lado norte da placa indiana durante a sua colisão no final do Triássico, com a placa euroasiática, dando lugar ao fecho do oceano Paleo-Thetys.

Mitologia

As montanhas Kunlun são muito conhecidas na mitologia chinesa, e considera-se que incluem o paraíso taoísta. O primeiro a visitar este paraíso foi, segundo a lenda, o rei Mu (1001-947 a.C.) da dinastia Zhou. Supostamente descobriu o Palácio de Jade de Huangdi, o mítico Imperador Amarelo, e encontrou Xiwangmu, a Rainha Mãe do Oeste, que também tem o seu mítico refúgio nestas montanhas.

Maçã Dourada

a mitologia, a maçã dourada (pomo de ouro) é um elemento recorrente em lendas e contos de fadas. Geralmente, os heróis devem resgatar a maçã escondida ou roubada pelos vilões.

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Mitologia grega

Três maçãs douradas aparecem na mitologia grega. Hipomene aposta com Atalanta, uma caçadora virgem que prometeu casar com o homem que pudesse vencê-la numa corrida terrestre. Ela perde ao pegar três maçãs douradas de Afrodite que Hipomene coloca em seu caminho.

Hércules roubando as maçãs de Hespérides

Noutro caso, o jardim de Hespérides é o pomar de Hera, onde crescem árvores que dão maçãs douradas da imortalidade. No local está o dragão Ladon, vigia de Hera contra invasores. Um dos doze trabalhos de Hércules era justamente roubar maçãs douradas do jardim.

Em mais uma ocorrência, Zeus promove um banquete pelo casamento de Peleu e Tétis. Estando fora da lista de convidados, a deusa da discórdia Éris coloca uma maçã dourada na cerimônia, com uma inscrição onde se lê "Para a mais justa". Três deusas desejam a maçã: Hera, Atena e Afrodite. Zeus se lembra de Páris como o mais belo dos homens mortais, e sabia que ele julgaria uma competição de touros. Ares é enviado sob forma de touro para participar. Sendo um deus, era perfeito em todos os aspectos e ganhou a competição. Zeus agora sabia que Páris faria bom julgamento, e o envia a maçã, indicando que as deusas deveriam aceitar sua decisão sem discussão. Cada uma delas oferece a Páris uma oferta para obter a maçã. Hera o oferece ser um rei famoso e poderoso. Atena o oferece ser sábio, mais que alguns dos deuses. Afrodite o oferece a mulher mais linda como esposa. Esta é a escolhida, e a mulher oferecida foi Helena de Tróia, o que eventualmente resultou na Guerra de Tróia. A maçã de Éris é posteriormente chamada Pomo da Discórdia.

Mitologia nórdica

De Das Rheingold, Freya com a árvore de maçãs douradas

Na mitologia nórdica, maçãs douradas garantem a vida eterna e juventude permanente para os deuses, e são cultivadas pela deusa Iduna. Certo dia, Loki, Odin e Thor acampam. Um gigante disfarçado de águia intercepta Loki e o faz prometer capturar Iduna para ele se casar com ela e também garantir imortalidade, o que é aceito. Os deuses não sentem falta das maçãs no começo, mas logo requisitam a presença da moça. Loki confessa o ato e aceita resgatar a deusa; sendo bem sucedido, os deuses novamente desfrutam da vida eterna.

Contos de fadas

Diversos contos de fadas europeus começam com maçãs douradas roubadas dum rei, geralmente por uma ave.

Em outras línguas

Em diversas línguas, laranjas são consideradas as maçãs douradas. Por exemplo, os termos grego χρυσομηλιά e latim pomum aurantium descrevem laranjas como maçãs. Outras línguas como alemão, finlandês, hebraico e russo possuem etimologias mais complexas para a palavra laranja que possuem a mesma origem.[1] Uma das razões para se considerar a laranja como mágica em tantas histórias é o fato de dar flores e frutas simultaneamente, diferente de outras frutas.

Frequentemente, o termo maçã dourada é usado para se referir ao marmelo, um fruto do Oriente Médio. O tomate, desconhecido para os gregos antigos, é conhecido como pomodoro em italiano, significando maçã de ouro (de po

domingo, 26 de setembro de 2010

Golem

Golem é um ser artificial mítico, associado à tradição mística do judaísmo, particularmente à cabala, que pode ser trazido à vida através de um processo mágico.

O golem é uma possível inspiração para outros seres criados artificialmente, tal como o homunculus na alquimia e o moderno Frankenstein (obra de Mary Shelley).

No folclore judaico, o golem (גולם) é um ser animado que é feito de material inanimado, muitas vezes visto como um gigante de pedra. No hebraico moderno a palavra golem significa "tolo", "imbecil", ou "estúpido". O nome é uma derivação da palavra gelem (גלם), que significa "matéria prima".

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História

A origem da palavra

A palavra golem na Bíblia serve para se referir a um embrião ou substância incompleta: o Salmo 139:16 usa a palavra "gal'mi", significando "minha substância ainda informe".

As primeiras histórias de golems são mais antigas que o judaísmo. Adão é descrito no Talmud (Tratado Sanhedrin 38b) inicialmente criado como um golem quando seu pó estava "misturado num pedaço sem forma". Como Adão, todos os golems são criados a partir da lama. Eles eram criações de pessoas santas e muito próximas de Deus. Uma pessoa santa era uma pessoa que se esforçava para se aproximar de Deus, e por essa luta consegue um pouco da sabedoria e poder de Deus. Um desses poderes é a criação da vida. Por mais santa que a pessoa fosse, no entanto, a sua criação sempre seria apenas uma sombra de qualquer criação de Deus.

Desde cedo se desenvolveu a noção de que a principal deficiência do golem era a sua incapacidade em falar. No Sanhedrin 65b, é descrito como Raba criou um golem usando o Sefer Yetzirah. Ele enviou o golem para Rav Zeira. Rav Zeira falou com o golem mas ele não respondeu. Disse Rav Zeira: "Vejo que você foi criado por um dos nossos colegas; volte ao pó".

Domínio e activação dos golems

Ter um golem como servo era considerado como o mais elevado símbolo de sabedoria e santidade, e existem muitos contos de golems ligados a proeminentes rabinos através da Idade Média.

Outros atributos dos golems foram sendo adicionados através dos tempos. Em vários contos, o golem tem escritas palavras mágicas ou religiosas que o tornam animado. Escrever um dos Nomes de Deus na sua testa, num papel colado em sua fronte ou numa placa de argila embaixo de sua língua, ou ainda escrever a palavra Emet (אמת, 'verdade' em hebraico) na sua testa, são exemplos de algumas dessas fórmulas de animação do golem. Ao apagar a primeira letra de Emet (da direita para a esquerda, dado que é assim escrito o hebraico), formando Meit (מת, 'morto' em hebraico), o golem era desfeito.

A narrativa clássica

A mais famosa narrativa com um golem envolve o rabino Judah Levi, de Praga, durante o século XVI. Diz-se que ele teria criado um golem para defender o gueto de Josefov em Praga contra ataques anti-semitas. A primeira publicação da história do golem apareceu em 1847 em uma coleção de contos judaicos intitulada Galerie der Sippurim, publicada por Wolf Pascheles, de Praga. Cerca de 60 anos mais tarde, um conto de ficção foi publicado por Yudl Rosenberg (1909). De acordo com a lenda, o golem teria sido feito com a argila do rio Moldava que banha Praga. Seguindo rituais específicos, o rabino construiu o golem e fez com que ele ganhasse vida recitando um encanto especial em hebreu e escrevendo na sua testa a palavra emet,que em hebraico significa "verdade". O golem deveria obedecer ao rabino, ajudando e protegendo o gueto judaico. Durante o dia, o rabino escondia o golem no sótão da Antiga-Nova Sinagoga. Porém, o golem cresceu e se tornou violento e começou a matar pessoas espalhando o medo. Foi então prometido ao rabino Loew que a violência contra os judeus pararia se o golem fosse destruído. O rabino concordou e destruiu o golem apagando a primeira letra da palavra Emet que formaria a palavra "met" que significa "morto" em hebraico.

A existência de um golem na maioria das histórias mostrava algo bom, mas com problemas. Embora não fosse inteligente, o golem podia fazer simples tarefas repetidamente. O problema era controlá-lo e fazê-lo parar.

Elementos semelhantes podem ser encontrados no romance Frankenstein de Mary Shelley.

Isaac Bashevis Singer, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, escreveu a sua versão da lenda do Golem em 1969.

O filme "O Golem - Como veio ao mundo ", de 1920, do diretor Paul Wegener, é a adaptação cinematográfica da narrativa clássica da história ambientada em Praga do século XVI.

Homunculo

O conceito de homúnculo (do latim homunculus, "homenzinho", plural homunculi) tem sido aplicado em várias áreas do conhecimento humano.

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O homúnculo na alquimia

O Elixir Vermelho enquanto pequeno Rei na retorta

A alquimia possuí três objetivos, o primeiro é transmutar metais inferiores em ouro, o segundo fabricar o Elixir da Longa Vida e o terceiro é a criação de vida humana artificial a partir de materiais inanimados (um clone humano na acepção moderna), os homúnculos. Não se pode duvidar da influência que a tradição judaica teve neste aspecto, pois na cabala existe a possibilidade de dar vida a um ser artificial, o Golem.

O conceito do homúnculo parece ter sido usado pela primeira vez pelo alquimista Paracelso para designar uma criatura que tinha cerca de 12 polegadas de altura e que, segundo ele, poderia ser criada por meio de sémen humano posto em uma retorta hermeticamente fechada e aquecida em esterco de cavalo durante 40 dias. Então, segundo ele, se formaria o embrião. Outro alquimista que tentou criar homúnculos foi Johanned Konrad Dippel, que utilizava técnicas bizarras como fecundar ovos de galinha com sêmen humano e tapar o orifício com sangue de menstruação.

No entanto, também é possível que o homúnculo seja uma alegoria, uma interpretação muito literal das imagens alegóricas alquímicas respeitantes à criação, pela arte, de novas entidades minerais, sejam elas objetivos finais ou intermédios. Essas imagens comportam, muitas vezes, a representação de um ser emblemático, humano, animal ou quimérico, numa retorta.

O homúnculo na ficção

Podemos observar que esta idéia dos alquimistas ficou profundamente marcada na consciência da humanidade, e tem aparecido regularmente no imaginário popular, na forma de monstros artificiais, como no mangá/anime Fullmetal Alchemist, em que os dois irmãos protagonistas Edward Elric (perde um braço e uma perna fazendo uma prótese biónica para a perna e para o braço) e Alphonse Elric (perde o corpo todo e Edward junta a alma do irmão a uma armadura), na tentativa de trazer de volta à vida a sua mãe, os homúnculos aparecem na forma de pecados que alquimistas cometeram, sendo humanos perfeitos mas sem identidade, todos têm um "poder". E na mais famosa obra literária sobre o assunto, Frankenstein (Mary Shelley).

O homúnculo na biologia

Um homúnculo dentro do espermatozóide.

Em 1677 Leeuwenhoek e Luiz Hamm[1] viram pela primeira vez um espermatozóide e pensaram que ele tinha uma miniatura de humano dentro (homúnculo) que se desenvolvia quando depositado nos órgãos sexuais femininos: o espermatozóide seria a semente, o óvulo (feminino) o terreno de plantação.[carece de fontes?]

Na verdade Leeuwenhoek e Hamm devem ter visto as organelas do espermatozóide, como se o cromossomo fosse a cabeça e o corpo o núcleo, e realmente até que parece uma miniatura de ser humano, apesar de não ser[carece de fontes?].

O padre italiano Lazzaro Spallanzani provou em 1775 que eram necessários um espermatozóide e um óvulo para haver reprodução humana (na natureza) na qual o esperma era o fator fecundante, deitando por terra as teorias dos animalculistas.

O homúnculo na psicologia

Um homúnculo.

Na psicologia o homúnculo é a representação diagramática proporcional do corpo animal em relação às partes destes, representadas no córtex somestésico e motor.

Nesta representação, a área neural correspondente a cada porção corpórea. Assim como a face tem uma maior quantidade de nervos e conseqüentemente de corpos de neurônios, o desenho terá uma imensa face, com um tronco pequeno, braços grandes com mãos enormes, pernas pequenas com pés médios.

Homúnculo sensitivo: área somestésica, localizada no giro pós-central.

Homúnculo motor: área motora, localizada no giro pré-central.

Elixir da Longa Vida

Elixir da Longa Vida ou Elixir da Imortalidade (em árabe: الإكسير, em persa: Aab-e-Hayaat آب حیات) era uma panacéia universal que era buscada pelos alquimistas e poderia curar todas as doenças, prolongando a vida indefinidamente. Isto demonstra as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina.

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História

Paralelos com a Mitologia

Iduna dando suas maçãs capazes de ceder a vida eterna aos deuses. Quadro de J. Penrose, 1890.

Encontram-se em algumas mitologias, certos alimentos com propriedades semelhantes às do elixir da longa vida, apesar de não haver relação eminente:

  • Também existem muitas lendas que envolvem fontes da juventude, cujas propriedades são semelhantes ao elixir da longa vida, essa fonte foi descrita pelos espanhóis e várias outras culturas.

Na Europa

Segundo os alquimistas europeus, o elixir poderia ser sintetizado por meio da Pedra Filosofal. Também segundo eles, o elixir poderia prolongar a vida somente até que um acidente os matasse, ou seja, não é um elixir da imortalidade.[1]

Johann Conrad Dippel teria elaborado um óleo animal, chamado de Óleo de Dippel, que, alguns acreditam que seria o Elixir da Longa Vida. Uma destacada lenda urbana diz que o cientista Isaac Newton criou e bebeu essa poção, mas em vez de proporcionar-lhe a vida eterna, proporcionou-lhe a morte.

Na China

A alquimia chinesa tinha como principal objetivo o preparo do elixir da longa vida, a procura pelo elixir envolvendo metalurgia e manipulação de certos elementos é denominada Waidanshu, ou Alquimia Externa. Os alquimistas chineses criaram elixires de cinábrio, enxofre, arsênico e mercúrio. Joseph Needham fez uma lista de imperadores que morreram provavelmente por ingerirem esses elixires. Escritas antigas citam a "Ilha dos Bem Aventurados", a morada dos imortais, supostamente ervas dessas três ilhas depois de certo preparo produziriam o elixir. Também havia uma corrente de pensamento que dizia que o elixir era capaz, além de ceder a vida eterna, fazer o alquimista ir ao paraíso e viver com os imortais.[2] Segundo a alquimia chinesa, o ouro era inalterável e, portanto, imortal. Acreditava-se que aquele fabricasse o "ouro potável" a partir do cinábrio e do mercúrio adquiriria a imortalidade, segundo Ge Hong, o mesmo aconteceria se ingerissem alimentos em pratos feitos com esse ouro. A waidanshu faz oposição a Neidanshu ou Alquimia Interna, que procura um modelo de circulação energética interna que gere esse elixir no próprio alquimista.

Na Índia

A filosofia védica também considera que há um vínculo entre a imortalidade e o ouro. Esta idéia provavelmente foi adquirida dos gregos, quando Alexandre, o Grande invadiu a Índia no ano 325 a.C., e teria procurado a fonte da juventude. Também é possível que essa idéia tenha sido passada da Índia para a China ou vice-versa. O Hinduísmo a primeira religião da Índia, tem outras idéias de imortalidade, diferentes do elixir da longa vida.

poção

Uma poção (do latim potionis) é um remédio medicinal ao qual geralmente se atribui propriedades mágicas (feitiçaria, etc). A busca por poções era uma das práticas da antiga alquimia.

Nas lendas, uma poção é preparada para ajudar ou enfeitiçar pessoas. São conhecidas várias versões de "poção do amor" da ficção ou da mitologia, pela qual uma pessoa sob seus efeitos se apaixonaria por outra, com referências clássicas como nos contos de Tristão e Isolda, aludido por Richard Wagner em sua ópera homônima; há também as "poções do sono", os elixires (como nas histórias de C.S. Lewis da série "The Lion, the Witch, and the Wardrobe"). Em Harry Potter, Severus Snape é conhecida como o "Mestre das Poções" ("Potion's Master"). Ele é um dos personagens principais dos livros da série.

Gravura de Arthur Rackham de uma passagem da ópera Siegfried de Richard Wagner, na qual Sigurd ou Siegfried faz uso de uma poção

Na literatura clássica, em O médico e o monstro (no original "The Strange Case of Dr Jekyll and Mr Hyde"), Henry Jekyll prepara uma poção para transformá-lo no seu monstruoso alterego. Em cena de Macbeth, há um caldeirão onde as bruxas preparariam poções malignas.

Nos quadrinhos, Asterix bebe uma poção mágica que lhe dá a força de muitos guerreiros. Nos jogos eletrônicos, no popular Final Fantasy há itens chamados de Poção.

Durante o século XIX era comum charlatões venderem poções com promessas de que a tudo curavam, personagem que pode ser visto com frequência em filmes de faroeste.

Poção do sono

Poçoes do sono nada mais sao do que calmantes naturais.

Deixe em imersao 9 gramas da raiz da valeriana em cerca de 120 ml de agua fria durante 12 horas no minimo.Depois coe beba fria antes de se deitar.

quando se sonha com banheiro

Sonhos com banheiros,na maior parte das vezes,significam que voce tem medo de se expressar e,por isso,reprime a sua criatividade.Ver um banheiro sujo indica que quem sonha esta confuso sobre certas decisoes.Este sonho tambem pode ser sinal de que ha duvidas nas questoes amorosas;decida de quem voce gosta de verdade e va em busca do seu amor.Sonhar com um banheiro limpo suguere que boas noticias estao a caminho.

para a unha crescer

Ferva um copo dágua com sete gotas de suco de limao e azeite.Deixe as unhas de molho por sete minutos.Repita a simpatia por sete dias seguidos.

sábado, 25 de setembro de 2010

alquimia

A Alquimia é uma tradição antiga que combina elementos de Química, Física, Astrologia, Arte, Filosofia, Metalurgia, Medicina, Misticismo, Geometria e Religião. Existem três objetivos principais na sua prática. Um deles é a transmutação dos metais inferiores ao ouro, o outro a obtenção do Elixir da Longa Vida, um remédio que curaria todas as doenças e daria vida longa àqueles que o ingerissem. Ambos os objetivos poderiam ser atingidos ao obter a pedra filosofal, uma substância mística. Finalmente, o terceiro objetivo era criar vida humana artificial, os homunculus. É reconhecido que, apesar de não ter caráter científico, a alquimia foi uma fase importante na qual se desenvolveram muitos dos procedimentos e conhecimentos que mais tarde foram utilizados pela química. A alquimia foi praticada na Mesopotâmia, Egito Antigo, mundo islâmico, Pérsia, Índia, Japão, Coreia, China, Grécia Clássica, Roma e Europa.

Alguns estudiosos da alquimia admitem que o Elixir da longa vida e a pedra filosofal são temas simbólicos, que provêm de práticas de purificação espiritual, e dessa forma, não poderiam ser considerados substâncias reais. O próprio alquimista Nicolas Flamel, em seu "O Livro das Figuras Hieroglíficas", deixa claro que os termos "chumbo" e "ouro" são metafóricos, e que as metáforas serviriam para confundir leitores indignos. Há pesquisadores que identificam o elixir da longa vida como um líquido produzido pelo próprio corpo humano, que teria a propriedade de prolongar indefinidamente a vida daqueles que conseguissem realizar a chamada "Grande Obra", tornando-se assim verdadeiros alquimistas. Existem referências dessa substância desconhecida também na tradição da Ioga

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

inferno

Inferno é um termo usado por diferentes religiões, mitologias e filosofias, representando a morada dos mortos, ou lugar de grande sofrimento e de condenação. A origem do termo é latina: infernum, que significa "as profundezas" ou o "mundo inferior".

Índice

Etimologia

A palavra inferno, que hoje conhecemos, origina-se da palavra latina pré-cristã inferus "lugares baixos", infernus. Na Bíblia latina, a palavra é usada para representar o termo hebraico Seol e os termos gregos Hades e Geena, sem distinção. A maioria das versões em idioma Português seguem o latim, e eles não fazem distinção do original hebraico ou grego:

V.T. Hebraico V.T. Grego N.T. Grego Latim Português vezes no N.T.
Seol Hades Hades infernus inferno 10 vezes
Ge Hinom Ennom Geena infernus inferno 11 vezes

Das palavras Hades e Sheol, ambas com mesmo significado, tendo conotação clara de um lugar para onde os mortos vão. Em versículos bíblicos onde se menciona tais palavras, é possível perceber que se trata de um só lugar. Com o passar do tempo, muitas religiões interpretaram o inferno, como o destino de apenas alguns; pessoas que não assumiram uma conduta louvável no ponto de vista religioso, e que por isso, foram condenadas ao sofrimento jamais visto pelo mundo material. Alguns teólogos observaram, contraditoriamente, que o inferno não poderia ser um lugar desagradável, afirmando que um personagem bíblico que estava em sofrimento no mundo real, almejou “esconder-se no inferno”, para aliviar sua dor. Porém, o próprio Jesus fez uma narrativa de uma situação de uma pessoa que se encontrava no inferno, essa pessoa implorava a Abraão que mandasse um conhecido que não estava no inferno lhe refrescasse a língua com pelo menos a ponta do dedo molhado em água, pois em chamas era atormentado (Ver Lucas, capítulo 16, versículos de 19 ao 31). Obviamente tal relato não foi em sentido literal, pois uma gota de água não alivia dor de quem está em chamas ou num calor intenso, mas queria dizer que pelo enorme sofrimento precisaria aliviar-se de qualquer jeito. A crença na existência de um lugar de tormento para o significado das palavras Hades e Sheol, foi muitas vezes confundida com a palavra “Geena”, traduzida para “lago de fogo”, uma forma simbólica para destruição eterna. Alguns teólogos concluem que todos que morrem vão para o inferno (Hades e Sheol), lugar onde até o próprio Jesus foi, a sepultura, sua câmara mortuária. Como a própria Bíblia menciona, ele não foi esquecido no Inferno, foi ressuscitado ao terceiro dia conforme relatam os evangelhos. Porém deve-se salientar que outros teólogos veem que essa ida de Cristo ao lugar de tormento foi para tomar o lugar de cada ser humano que estava destinado à morte eterna pelo pecado original de Adão, e sendo Jesus tido como o consumador da fé serviu de cordeiro expiatório apesar de não ter visto corrupção.

Mudanças no Sentido da Palavra Inferno

O Dicionário Expositivo de Palavras do Velho e do Novo Testamento diz a respeito do uso de inferno para traduzir as palavras originais do hebraico Sheol e do grego Hades (Bíblia): Hades . . . Corresponde a Sheol no Antigo Testamento. Na Versão Autorizada do A.T. e do N. T., foi vertido de modo infeliz por Inferno.[9]

A Enciclopédia da Collier diz a respeito de Inferno: Primeiro representa o hebraico Seol do Antigo Testamento, e o grego Hades, da Septuaginta e do Novo Testamento. Visto que Seol, nos tempos do Antigo Testamento, se referia simplesmente à habitação dos mortos e não sugeria distinções morais, a palavra ‘inferno’, conforme entendida atualmente, não é uma tradução feliz.

O Terceiro Novo Dicionário Internacional de Webster diz: Devido ao entendimento atual da palavra inferno (Latim Infernus) é que ela constitui uma maneira tão infeliz de verter estas palavras bíblicas originais. A palavra inferno não transmitia assim, originalmente, nenhuma idéia de calor ou de tormento, mas simplesmente de um lugar coberto ou oculto (de . . . helan, esconder).

A Enciclopédia Americana diz: Muita confusão e muitos mal-entendidos foram causados pelo fato de os primitivos tradutores da Bíblia terem traduzido persistentemente o hebraico Seol e o grego Hades e Geena pela palavra inferno. A simples transliteração destas palavras por parte dos tradutores das edições revistas da Bíblia não bastou para eliminar apreciavelmente esta confusão e equívoco.

O significado atribuído à palavra inferno atualmente é o representado em A Divina Comédia de Dante, e no Paraíso Perdido de Milton, significado este completamente alheio à definição original da palavra. A idéia dum inferno de tormento ardente, porém, remonta a uma época muito anterior a Dante ou a Milton.

Inferno como arquétipo contemporâneo

A fusão entre paixão, desejo, pecado e condenação envolvida na imagem do Inferno permitiram ao imaginário contemporâneo imaginar antes lugar de prazer e de servidão ao prazer do que propriamente de sofrimento ou purificação. O fenômeno é bem observado na cultura cristã que, no seguimento dos esforços aplicados às ideias de purificação do monoteísmo, condenou as divindades mais materiais da fertilidade, das paixões e da energia sexual, o que literalmente as transformou em demônios. Assim, os arquétipos da paixão e do prazer ficaram associados ao do inferno, com a conseqüente mudança de sentido e de atração sobre a imaginação.

Outras correntes de pensamento actuais, curiosamente também com base na cultura católica-cristã, demonstram a sua opinião de inferno não como um local físico, mas antes como um estado de espírito, indo ao encontro da ideia preconizada por diversas correntes filosófico-religiosas partidárias da reencarnação.

Politeísmo

Mitologia grega

Estátua de Hades, o deus grego dos mortos, com Cerberus.

Na mitologia grega, as profundezas correspondiam ao reino de Hades, para onde iam os mortos. Daí ser comum encontrar-se a referência de que Hades era deus dos Infernos. O uso do plural, infernos indica mais o caráter de submundo e mundo das profundezas do que o caráter de lugar de condenação, em geral dado pelo singular, inferno. Distinguindo o lugar dos mortos - o Hades - a mitologia grega também concebeu um lugar de condenação ou de prisão, o Tártaro.

A Grolier Universal Encyclopedia(Enciclopédia Universal Grolier, 1971, Vol. 9, p. 205), sob “Inferno”, diz:

“Os hindus e os budistas consideram o inferno como lugar de purificação espiritual e de restauração final. A tradição islâmica o considera como um lugar de castigo eterno.” O conceito de sofrimento após a morte é encontrado entre os ensinos religiosos pagãos dos povos antigos da Babilônia e do Egito. As crenças dos babilônios e dos assírios retratavam o “mundo inferior . . . como lugar cheio de horrores, . . . presidido por deuses e demônios de grande força e ferocidade”. Embora os antigos textos religiosos egípcios não ensinem que a queima de qualquer vítima individual prosseguiria eternamente, eles deveras retratam o “Outro Mundo” como tendo “covas de fogo” para “os condenados”. — The Religion of Babylonia and Assyria (A Religião de Babilônia e Assíria), de Morris Jastrow Jr., 1898, p. 581; The Book of the Dead (O Livro dos Mortos), com apresentação de E. Wallis Budge, 1960, pp. 135, 144, 149, 151, 153, 161, 200.

Religiões abraâmicas

Judaísmo

No judaísmo, o termo Gehinom (ou Gehena) designa a situação de purificação necessária à alma para que possa entrar no Paraíso - denominado por Gan Eden. Nesse sentido, o inferno na religião e mitologia judaica não é eterno, mas uma condição finita, após a qual a alma está purificada. Outro termo designativo do mundo dos mortos é Sheol, que apresenta essa característica de desolação, silêncio e purificação.

A palavra vem de Ceeol, que mais tarde dá origem ao termo sheol, não confundindo com "Geena" que era o nome dado a uma ravina profunda ao sul de Jerusalém, onde sacrifícios humanos eram realizados na época de doutrinas anteriores. Mais tarde, tornou-se uma espécie de lixão da cidade de Jerusalém, frequentemente em chamas devido ao material orgânico. O uso do termo Sheol indica lugar de inconsciência e inexistência, conforme o contexto nos mostra e não um lugar de punição.

Cristianismo

No Cristianismo existem diversas concepções a respeito do inferno, correspondentes às diferentes correntes cristãs. A idéia de que o inferno é um lugar de condenação eterna, tal como se apresenta hoje para diversas correntes cristãs, nem sempre foi e ainda não é consenso entre os cristãos. Nos primeiros séculos do cristianismo, houve quem defendesse que a permanência da alma no inferno era temporária, uma vez que inferno significa "sepultura", de onde, segundo os Evangelhos, a pessoa pode sair quando da ressurreição. Essa idéia é defendida hoje por várias correntes cristãs.

Adventismo

Na criação da humanidade, a união do pó da terra com o fôlego de vida produziu uma criatura ou alma vivente. Adão não recebeu uma alma como entidade separada; ele tornou-se alma vivente (Gn. 2:7). Na morte, ocorre o inverso: o pó da terra menos o fôlego de vida resulta numa pessoa morta ou alma morta, sem qualquer grau de consciência (Sl. 146:4; Ec. 9:5,6). Os elementos que haviam composto o corpo retornam à terra de onde haviam provindo (Gn. 3:19), enquanto que fôlego de vida volta a Deus, que o deu (Ec. 12:7). Cabe lembrar que na Bíblia, o termo hebraico e grego para 'espírito' (ruach e pneuma, repectivamente) NÃO se referem a uma entidade inteligente, capaz de existência consciente à parte do corpo. Ao contrário, esses termos se aplicam ao 'fôlego de vida' - o princípio vital da existência que anima seres humanos e animais. (baseado no livro 'Nisto Cremos' - Ensinos Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia - download: http://www.cpb.com.br/arqs/nc/NC.pdf)

Assim sendo, fica evidente que os mortos dormem na sepultura num estado de insconsciência (Jó 14:12; Mt. 27:52; I Co. 15:51; I Ts. 4: 13-15), logo não estão em alguma habitação intermediária.

Todos aguardam a segunda vinda de Cristo, quando então os salvos serão ressuscitados e reinarão com Jesus durante mil anos (1 Tess. 4:15-18; 2 Corintios 4:14, Apocalipse 20:6). Depois desse período, os ímpios ressuscitarão para o Juízo final (Apocalipse 20:5-9). Então cairá fogo e enxofre do Eterno Deus para purificar a Terra (2 Pedro 3:10-12). Esse fogo queimará tudo (Isaias 33:12; Malaquias 4:1). Satanás, seus anjos e os ímpios também serão aniquilados. Jesus e seu povo fiel reinará para sempre na Nova Terra (Apocalipse 21:1-5). Nos textos originais, o significado da palavra inferno está associado à total inconsciência dos mortos na sepultura.

Por fim, é interessante notar que em Mateus 25 e Apocalipse 14, as palavras traduzidas por "eterno" e "séculos dos séculos" não significam necessariamente sem fim. As palavras gregas aion e aionios expressam duração enquanto a natureza do objeto permite. Por exemplo, em Judas 7 registra que as cidades de Sodoma e Gomorra estão sofrendo o fogo do castigo eterno (aionios) Mas 2 Pedro 2:6 diz que elas foram reduzidas a cinzas, tanto que é facilmente verificável que tais cidades não estão mais queimando em chamas. Quando o objeto das palavras "eterno" ou "para sempre" é a vida dos remidos que recebem imortalidade, a palavra significa um tempo sem fim. Quando se refere ao castigo dos ímpios, que não recebem a imortalidade, a palavra tem o significado de um período limitado de tempo. (baseado na Lição da Escola Sabatina - Jan/Mar 2009 - Casa Publicadora)

Catolicismo

Para a corrente católica, conduzida pela Igreja Católica Apostólica Romana, o inferno é eterno e corresponde a um dos chamados novíssimos: a morte, o juízo final, o inferno e o paraíso. Baseando-se em textos bíblicos como quando Jesus disse que o homem que desprezar seu irmão “incorrerá os fogos da Gehenna” (Mt 5,22). Jesus também advertiu, “não temais os que matam o corpo mas não podem matar a alma. Antes, temei quem pode destruir tanto corpo como alma na Gehenna (Mt 10,28). Jesus disse, “Se tua mão te faz cair, corta-a. Melhor você entrar na vida com uma só mãos que manter ambas as mãos e ir para a Gehenna com seu fogo inextinguível” (Mc 9,43). Usando a parábola do joio e do trigo para descrever o juízo final, Jesus disse, “os anjos lançarão [os pecadores] na fornalha inflamável onde prantearão e moerão os seus dentes (Mt 13,42). Também, quando Jesus fala sobre o juízo final onde a ovelha será separada dos lobos, Ele dirá ao pecador, “afastai-vos de mim, malditos, para o fogo perpétuo preparado para o demônio e seus anjos (Mt 25,41). No Livro da Revelação, é relatado que cada pessoa é julgada individualmente e os pecadores são lançados em uma “fosso de fogo, a segunda morte” (20,13-14).

Protestantismo

Para muitas das denominações protestantes, o inferno é o local destituido da presença de Deus, porém não lhe está oculto, sendo que no cumprir das profecias esse inferno será lançado no lago que arde com fogo e enxofre.

A interpretação bíblica protestante afirma que, após a morte, a alma, uma vez no inferno, não poderá mais sair, assim como em relação ao paraíso (céu), não existindo forma de cruzar a fronteira que separa estes dois locais.

Há ainda outra visão dentro do cristianismo não-católico, que coloca a morte como um sono, um estado sem consciência (Eclesiastes 9:5; 14:21; João 11:11-14), de forma que, conseqüentemente, os ímpios mortos não estão no inferno nem os salvos mortos no céu, mas aguardando a segunda vinda de Cristo, quando então os salvos entrarão para o céu, que é eterno, e os ímpios entrarão no lago de fogo, o inferno, (Apocalipse 20:15), que também será eterno (Miquéias 4:3). Segundo esta interpretação, o inferno é um lugar preparado para a punição de Satanás, seus anjos e seus seguidores (Mateus 25:41), ao contrário da visão comum que coloca Satanás como dominante do inferno.

Testemunhas de Jeová

Para as Testemunhas de Jeová, o inferno de fogo como lugar literal de tortura das pessoas iníquas é rejeitado. Citam na Bíblia, os termos normalmente traduzidos por "inferno", Hades (Bíblia) [termo grego] e Seol [ou Sheol, termo hebraico], significando "sepultura" ou "lugar dos mortos". Também no caso de Geena [termo grego] com a ideia de destruição e aniquilação eterna.(Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas). Citam Atos 2:27, onde Jesus desceu ao Inferno (Hades ou Seol) e foi ressuscitado . As Testemunhas de Jeová acreditam que após a ressurreição dos mortos, os pecados anteriores não lhes serão imputados [Romanos 6:7 "Pois aquele que morreu foi absolvido do [seu] pecado".(TNM) mas poderão recomeçar a vida escolhendo voluntariamente servir a Deus e alcançar assim a salvação.

Espiritismo

O inferno, segundo a visão do Espiritismo, é um estado de consciência da pessoa que incorre em ações contrárias às estabelecidas pelas Leis morais, as quais estão esculpidas na consciência de cada pessoa.

Uma vez tendo a criatura a sua consciência “ferida”, passa a viver em desajuste mais ou menos significativo de acordo com o grau de gravidade de suas ações infelizes, e se estampam através de desequilíbrios Espiritual, emocional, psicológico ou até mesmo orgânico. Esta situação lhe causa terríveis dissabores.

Uma vez morta, se a criatura não evitou ações infelizes, buscando vivência saudável de acordo com as leis divinas, ela segue para o Plano Espiritual ou incorpóreo. Lá, junta-se a outros espíritos, que trazem conturbações conscienciais semelhantes. Afins, atraem afins.

Os Planos Espirituais de sofrimentos são inumeráveis e, guardam níveis de sofrimentos diferenciados, cujos níveis são estabelecidos pelos tipos de degradação da consciência, resultantes das ações perpetradas por cada criatura.

Portanto o Inferno na visão espírita, como região criada por Deus para sofrimento eterno da criatura e geograficamente constituído, não existe. Se um dia todas estas criaturas sofredoras na erraticidade regenerarem-se, estas regiões deixarão de existir. É como se todos os pacientes de um manicômio terrestre fossem curados; o hospital poderia ser demolido e ceder o seu espaço a um jardim, etc.

Deus não imputa pena eterna a nenhum de seus filhos. Podem Sofrer, enquanto não despertarem para o Bem e se propuserem a trilhar o reto caminho. Um dia mais cedo ou mais tarde Ele, O Criador, na Sua Misericórdia e Amor, concederá à criatura sofredora retorno à carne para continuar o seu aprendizado e aperfeiçoamento.

Estes conceitos são encontrados em O Livro dos Espíritos, editado em Abril de 1857 na sua quarta parte e, no livro O Céu E O Inferno editado em 1865. Ambas obras tendo como autor, Allan Kardec.

Islamismo

No Islã, o inferno é eterno, consistindo em sete portões pelos quais entram as várias categorias de condenados, sejam eles muçulmanos injustos ou não-muçulmanos. Como na crença judaica, para o islamismo o inferno também é um lugar de purificação das almas, onde aqueles que, se ao menos um dia de suas vidas acreditaram que Deus (Allah) é único, não Gerou e nem Foi gerado, terão suas almas levadas ao Paraíso um dia. Não raro, é comum a crença de que no Islã o castigo é eterno, por ter bases fundamentalistas de alguns praticantes, pelo fato de o Alcorão mencionar diversas vezes a palavra castigo e sofrimento no fogo do inferno. Porém é fato que o mesmo Texto deixa claro que existem condições para se pagar os pecados e sofrer as consequencias, como também existem meios de se alcançar o perdão para o não banimento ao inferno por meio de aplicações de condutas que condizem com os bons costumes e a maneira de enxergar Deus, a vida e a forma de como deverá cada ser conduzi-la, a ponto de pagarem seus pecados post mortem, ou alcançarem a graça do perdão Divino.

Religiões orientais

Budismo

De certo modo, todo o samsara é um lugar de sofrimento para o budismo, visto que em qualquer reino do samsara existe sofrimento. Entretanto, em alguns reinos, o sofrimento é maior correspondendo à noção de inferno como lugar ou situação de maior sofrimento e menor oportunidade de alcançar a liberação do samsara. Por esse motivo, muitas vezes expressam-se esses mundos de sofrimento maior como infernos. Nenhum renascimento em um inferno é eterno, embora o tempo da mente nessas situações possa ser contado em eras.

Contam-se dezoito formas de infernos, sendo oito quentes, oito frios e mais dois infernos que são, na verdade, duas subcategorias de infernos: os da vizinhança dos infernos quentes e o infernos efêmeros. Além desses dezoito que constituem o "Reino dos Infernos", pelo sofrimento, o "Reino dos Fantasmas Famintos" é comparável à noção de inferno, sendo constituído de estados de consciência de forte privação - como fome ou sede - sem que haja possibilidade de saciar essa privação.

No budismo, o renascimento em um inferno é uma conseqüência das virtudes e não-virtudes praticadas, de acordo com a verdade relativa do karma. Entretanto, alguns poucos atos podem, por si, conduzir a um renascimento nos infernos, principalmente o ato de matar um Buda e o ato de matar o próprio pai ou a própria mãe. A meditação sobre os infernos deve gerar compaixão.

Segundo as mais variadas mitologias

O Inferno, recebe várias versões nas mais variadas mitologias:

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

paraiso

A palavra paraíso deriva do termo avéstico pairi-daeza (uma área/jardim murada), composto por pairi- (ao redor), um cognato do grego peri-, e -diz (criar, fazer). Uma palavra associada é o sânscrito paradesha que literalmente significa país supremo.

Lugares habitualmente vistos como analogias de paraíso incluem:

  • O lugar ideal, na terra ou utopia, outrora representado pelo Jardim do Éden.
  • Um lugar descrito por diferentes religiões onde o clima é ameno, há abundância de alimentos e recursos, e não há guerras, doenças ou morte. Normalmente, a vida no paraíso seria a recompensa após a morte para as almas dos que seguem corretamente os preceitos de cada religião.
  • Um jardim cercado ao estilo dos jardins persas, algumas vezes chamado de "jardim paradisíaco".

Índice

Origens do termo

Fontes tão antigas quanto Xenofonte em seu Anabasis[1], discorrem sobre o afamado "paraíso" dos jardins persas. Na dinastia persa dos Aquemênidas, possivelmente antes (na Mesopotâmia?), o termo não era só aplicado aos jardins "paisagistas", mas especialmente aos terrenos para caçadas reais, a forma mais antiga de reserva para a vida selvagem, destinada para a prática da caçada como esporte; em várias culturas em contato com a natureza, o paraíso é retratado como um eterno campo de caçadas, não apenas em culturas relativamente primitivas (por exemplo, os índios norte-americanos, mas também em civilizações mais avançadas, essencialmente agrícolas, como os "Campos de Junco" dos egípcios e os Campos Elíseos dos gregos.

Uso no Judaísmo

A palavra que é agora compreendida como "lugar aprazível" passou do velho persa (paridaeza) para o hebraico (pardes) e deste para o grego paradeisos (παράδεισος), grafado na Septuaginta e significando Jardim do Éden. A palavra persa é transliterado para o hebraico três vezes no Antigo Testamento (Cântico dos Cânticos 4:13, Eclesiastes 2:15, Neemias 2:8). Também ocorre 47 vezes na Septuaginta grega, principalmente como uma tradução de "jardim do Éden", ou nas profecias sobre a restauração do Éden. Na literatura rabínica a palavra tem vários significados.

Uso no Cristianismo

O Juízo Final de Fra Angelico (1432-1435).

No Novo Testamento, paraíso (paradisu em latim) ganhou o significado de paraíso restaurado na Terra (Mateus, 5:5, os mansos herdarão a terra), embora nenhuma referência seja feita quanto a condição (paradisíaca ou não) na qual estaria a Terra.[5]

Existem existem três referências ao Paraíso no NT:

  • Lucas 23:43 Na cruz, Jesus disse ao ladrão (segundo a tradição São Dimas) que estaria com ele no paraíso.
(As primeiras traduções em siríaco, e códices gregos, contêm variações de pontuação deste verso.[6][7][8][9][10][11])
  • 2 Cor. 12:4 Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.
(Esta seção está relacionada com o conceito de Terceiro Céu encontrado nos escritos judaicos, como a Vida de Adão e Eva.[13])
  • Apoc. 2:7 Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.[12].
(Esta referência está relacionada com a Árvore da Vida em Gênesis, e com a utilização da palavra paraíso na Septuaginta, Gênesis 2:8.[14])

Catolicismo

No século II AD, Ireneu de Lyon diferenciou paraíso de Céu. Em Contra as Heresias, escreveu que somente aqueles dignos de valor herdariam um lar no Céu, enquanto que outros habitariam o paraíso e os demais viveriam na Jerusalém restaurada. Orígenes, igualmente, distinguia paraíso de céu, descrevendo o paraíso como uma "escola" terrestre para os mortos honrados, preparando-os para ascender através das esferas celestiais, até o Céu.[15]

O quadro Juízo Final de Fra Angelico (ilustração acima) mostra o paraíso em seu lado esquerdo. Há uma árvore da vida (e outra árvore) e um círculo de almas libertadas. No centro, há um buraco. Na arte muçulmana, isso é um sinal da presença do Profeta ou de seres divinos. Visualmente diz: os que aqui estão não podem ser representados.[16]

Espiritismo

O Espiritismo nega a existência de um local reservado para o gozo ou a pena dos espíritos desencarnados, encarando o paraíso e o inferno como meras alegorias.[17]

Mormonismo

Na teologia dos Santos dos Últimos Dias, o termo paraíso geralmente refere-se ao "mundo espiritual". Isto é, o lugar onde os espíritos residem após a morte e onde aguardam pela ressurreição. Neste contexto, "paraíso" é o estado dos justos após a morte. Em contraste, os iníquos e aqueles que ainda não conheceram o evangelho de Jesus Cristo aguardam pela ressurreição na prisão espiritual. Depois da ressurreição universal, todas as pessoas serão designadas para um reino ou grau de glória, os quais podem também ser denominados de "paraíso".[18]

Testemunhas de Jeová

As Testemunhas de Jeová acreditam que as pessoas más serão destruídas no Armagedom e que os justos (aqueles fiéis e obedientes à Jeová) viverão eternamente num Paraíso terrestre. (Salmos 37:9, 10, 29; Prov. 2:21, 22). Juntando-se aos sobreviventes estarão os justos ressuscitados e pessoas iníquas que morreram antes do Armagedom (João 5:28, 29; Atos 24:15). As últimas serão trazidas de volta por terem pago seus pecados ao morrer e/ou porque lhes faltou a oportunidade de conhecer os preceitos de Jeová antes da morte (Rom. 6:23). Estes serão julgados com base em sua obediência pós-ressurreição às instruções reveladas em novos "livros" (Apoc. 20:12). Esta disposição não se aplica àqueles que Jeová julga terem pecado contra seu santo espírito (Mat. 12:31, Lucas 12:5). [19][20]

Cristadelfianos

Os Cristadelfianos interpretam o significado do termo grego do Novo Testamento através dos precedentes no Antigo Testamento grego, especialmente Gênesis 2,8 "um paraíso no Oriente, no Éden" (Septuaginta) e, consequentemente, vêm a resposta de Jesus ao pedido do ladrão "lembra-te de mim quando vieres no teu reino" como prova de que o reino será a restauração do Éden na Terra.

Uso no Islamismo

No Qur'an, o paraíso é denominado "Firdous", a palavra etimologicamente equivalente ao termo original em velho persa, e usada no lugar de Paraíso para descrever um lugar aprazível de vida após a morte, acessível aos que oram, fazem doações para a caridade e lêem o Qur’an.[23] Também é usado no Qur'an para descrever os céus em sentido literal, isto é, sobre a Terra.