domingo, 19 de setembro de 2010

saci

O Saci, ou Saci-pererê, é um personagem bastante conhecido da mitologia brasileira, que teve sua origem presumida entre os indígenas da região de Missões, no Sul do país.

Inicialmente retratado como um curumim meio endiabrado, não se diferenciava muito das crianças indígenas, com duas pernas e de cor morena, com a diferença de possuir um rabo.

No norte do Brasil, a mitologia africana o transformou em um negrinho que perdeu uma perna lutando capoeira, imagem que prevalece nos dias de hoje. Herdou também da cultura africana o pito, uma espécie de cachimbo, e da mitologia européia, herdou o píleo, um gorrinho vermelho.

É considerado uma figura brincalhona, que diverte-se com os animais e pessoas, criando dificuldades domésticas, ou assustando viajantes noturnos com seus assobios. O mito existe pelo menos desde o fim do século XVIII. O saci não tem amigos, vivendo solitário nas matas.

A lenda diz que o Saci está nos redemoinhos de vento, e que pode ser capturado jogando-se uma peneira sobre estes. Deve-se então retirar o capuz da criatura para garantir sua obediência, guardando o Saci em uma garrafa. A lenda também diz que os sacis nascem de gomos de bambus, eles ficam dentro do gomo durante sete anos, e depois saem para viver mais setenta e sete anos e quando morrem se transformam em cogumelos venenosos ou orelhas de pau.

Em 2005 foi instituído o Dia do Saci no Brasil, comemorado no dia 31 de outubro, a fim de restaurar as figuras do folclore brasileiro, em contraposição ao Halloween.

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